Como Disfarço a Barriguinha (Sem Parecer Que Estou Tentando)

Em primeiro lugar: você já teve aquele momento em frente ao espelho em que tudo parece certo… menos a região da barriga? Ah, essa danada da barriguinha, que teima em aparecer quando a gente quer justamente passar despercebida. Pois bem: eu já estive aí. Muitas vezes. Mas também aprendi a jogar com as cartas que tenho — e, mais importante, a me vestir para mim, não para o que esperam do meu corpo.

Se tem uma coisa que a moda me ensinou é que a gente não precisa “mudar o corpo”, e sim mudar o olhar sobre ele. E como a mágica acontece? Com truques simples, funcionais e (por que não?) divertidos. Então, prepare-se para descobrir formas de neutralizar visualmente a barriguinha sem abrir mão de estilo — e sem parecer que você está tentando esconder algo. Porque, sinceramente? O truque é fazer parecer que o truque nunca existiu. https://www.youtube.com/shorts/5RknpqJv_0s

Silhueta é conversa: e eu aprendi a conduzir o diálogo

Antes de falar sobre peças específicas, tem um conceito que virou meu mantra fashion: a silhueta é um jogo de ilusão. E como toda boa ilusão, ela precisa ser natural.

Comecei a perceber que, ao invés de “camuflar” a barriguinha com roupas largas (que só me faziam parecer maior do que sou), o ideal era conversar com o meu corpo. Assim, roupas que marcam onde eu quero e soltam onde eu preciso criam uma silhueta equilibrada, elegante e — o melhor — confortável.

Meu segredo? Apostar em cintura alta. Saias, calças, shorts: tudo subindo um pouquinho mais já dá a impressão de uma barriga mais lisa, além de alongar as pernas. Isso sozinho já mudou meu guarda-roupa. A cintura alta funciona como um abraço gentil na região da barriga, segura tudo no lugar e valoriza o corpo como ele é.

Terceira peça: minha aliada secreta (e estilosa)

Se tem algo que transforma qualquer look simples em algo poderoso, é a terceira peça. E, entre nós, ela é uma ninja na arte de disfarçar a barriga.

Blazers alongados, coletes, kimonos, jaquetas leves: tudo que cria linhas verticais no corpo ajuda a “quebrar” o volume abdominal visualmente. Descobri que, mesmo nos dias quentes, dá pra brincar com isso — trocando tecidos mais pesados por peças em linho, algodão fininho ou viscose.

Uma dica pessoal que nunca falha: quando uso um vestido justo ou uma blusa mais colada, lanço mão de um colete estruturado ou um blazer aberto. O efeito é imediato. Não só desvia o olhar da barriguinha, como ainda passa aquela imagem de “look pensado”, mesmo quando vesti qualquer coisa correndo.

Tecidos que entendem o corpo e a barriguinha

Outro ponto que eu ignorava completamente e hoje virou critério de escolha: o tecido. Descobri que o tipo de material pode ser meu pior inimigo… ou meu melhor amigo.

Tecidos muito finos, que colam no corpo, como malhas leves, costumam marcar justamente onde eu não quero. Já os mais estruturados, como tricoline, crepe, viscose encorpada ou alfaiataria, têm o poder de suavizar qualquer volume.

Inclusive, aquele mito de que “preto emagrece” caiu por terra pra mim. O que emagrece é a estrutura da peça, o caimento, o corte. Já usei branco total com peças bem construídas e me senti mais esguia do que em um vestido preto colado. É sobre forma, não sobre cor.

O poder (subestimado) das estampas e texturas

A verdade é que eu tinha medo de estampa. Achava que aumentava, que me deixava “cheia”. Até que aprendi a usar a estampa a meu favor. E que libertação!

Padronagens verticais (listras, linhas, zigue-zague) ajudam a alongar. Estampas pequenas e repetitivas disfarçam volumes. E, surpreendentemente, até a estampa grande pode funcionar, desde que esteja distribuída de forma estratégica.

Além disso, texturas são aliadas incríveis. Rendas, tramas, bordados — desde que não fiquem localizados na barriguinha — criam pontos de interesse que desviam o olhar de onde você não quer chamar atenção.

Gosto muito de usar uma blusa com detalhe no ombro, gola ou mangas bufantes. Isso atrai o foco para cima e equilibra a silhueta. É quase como dizer: “olhem para o que eu quero que vejam”.

O comprimento certo: minha barriguinha, minhas regras

Durante anos eu achei que blusas longas eram a melhor forma de esconder a barriguinha. E embora em alguns casos funcionem, o comprimento errado pode fazer exatamente o contrário.

Hoje, prefiro blusas que terminam logo abaixo do osso do quadril — nem curtas demais, nem longas demais. Esse ponto de encontro entre tronco e pernas é estratégico: cria a ilusão de cintura e evita que a blusa forme aquele volume “barraca”.

Outro truque que uso bastante: o famoso french tuck, aquele meio-preso na frente da calça ou saia. Ele define o centro do corpo e organiza o look, sem marcar a barriguinha. É o tipo de truque bobo que parece bobagem — até você ver a diferença no espelho.

Vestidos que abraçam e libertam: a barriguinha

Vestido é uma das peças que mais amo. Mas também foi uma das que mais me frustrou por muito tempo. Muitos marcavam o abdômen, outros me deixavam reta demais.

O que mudou minha relação com vestidos foi encontrar os cortes certos. Os modelos envelope (ou wrap dress), os evasês e os com cintura império foram verdadeiros achados. Eles criam forma, mas sem apertar. São femininos, elegantes e, o melhor, deixam a barriga fora do foco.

Amo vestidos com recortes estratégicos — como um decote em V ou alças largas — que valorizam o colo e criam verticalidade. E se o tecido tiver movimento, melhor ainda: ele dança com o corpo e não contra ele.

A lingerie é o que ninguém vê — mas sente tudo

Não dá pra falar de disfarçar a barriga sem falar da base de tudo: a lingerie.

Esqueça calcinhas apertadas que criam marcas ou sutiãs que não sustentam direito. A lingerie certa muda a forma como a roupa assenta no corpo. Eu jurei amor eterno às calcinhas de cintura alta com tecido duplo ou leve compressão. Elas não apertam, só organizam. E isso faz toda a diferença. http://cafecomcanela.com/2025/05/30/lingerie-a-arte-de-vestir-a confianca-e-a-sensualidade/

Cintas modeladoras? Uso quando quero um look mais ajustado e especial, mas sempre priorizando conforto. O segredo é que ninguém perceba que estou usando — nem eu mesma.

Sapatos: sim, eles também fazem a barriga parecer menor

Você pode estar se perguntando: o que sapatos têm a ver com barriga? Eu também me fiz essa pergunta — até entender a importância da proporção.

Sapatos que alongam a perna (como tons nude, bicos finos ou salto médio) criam um efeito de verticalização no corpo. Isso, indiretamente, faz a silhueta parecer mais longa e, por consequência, a barriga menos evidente.

No dia a dia, nem sempre uso salto. Mas mesmo com tênis ou sapatilhas, procuro modelos que não cortem o tornozelo e que mantenham a linha das pernas fluida. Tudo é composição visual.

A postura que transforma

Nenhuma roupa do mundo funciona se a gente se encolhe diante do espelho. Isso não é papo de autoajuda: é física.

Descobri que melhorar minha postura foi um dos melhores “truques de moda” para disfarçar a barriga. Quando alinhei ombros, ativei o abdômen e levantei o queixo, minha silhueta mudou. Automaticamente.

Hoje, antes de sair de casa, não ajusto só o look: ajusto a postura. É um lembrete visual de que mereço ocupar espaço com elegância — e que meu corpo, com barriga ou sem, está pronto para o mundo.

Estilo acima de truques

Por fim, o que mais me libertou foi parar de tentar “esconder” e começar a “equilibrar”. Entender que meu corpo é parte da minha história — e que não preciso lutar contra ele, mas com ele.

Disfarçar a barriga deixou de ser um objetivo e virou um recurso de estilo. Uso quando quero, ignoro quando não quero. Porque estilo, no fim das contas, é isso: saber usar o que se tem da forma mais inteligente, criativa e pessoal possível.

E o mais importante? Ninguém precisa saber que você aplicou todos esses truques. O efeito mais bonito é aquele que parece natural, orgânico, confiante. E isso não tem nada a ver com o tamanho da barriga — tem a ver com o tamanho do seu olhar sobre você mesma.