Corpo em Movimento: o Estilo de Vida Começa pelo Suor.

Corpo em Movimento: o Estilo de Vida Começa pelo Suor.
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Eu não nasci atleta. Mas me movo com propósito.

Durante muito tempo, atividade física para mim era sinônimo de obrigação. Aquela meta distante, adiada para “segunda-feira que vem”, que nunca chegava. A ideia de academia me causava preguiça, as aulas em grupo me davam vergonha, e correr na rua parecia coisa de gente muito determinada — ou maluca. Mas, um dia, tudo virou. Não porque eu quis emagrecer, mas porque eu queria um corpo melhor e principalmente: viver melhor.

Percebi que não era sobre estética, era sobre energia. Era sobre levantar da cama com menos dor e mais ânimo, sobre olhar meu reflexo e enxergar vitalidade, e principalmente, sobre cuidar de mim como prioridade. Foi aí que entendi: o corpo feminino, com todas as suas fases, merece movimento. E que esse movimento é a forma mais direta de amar a si mesma.

Muito além do espelho: o que só eu sei que mudou

Ninguém vê meu aumento de serotonina, mas eu sinto. Sinto na leveza com que lido com o estresse do dia, na forma como durmo melhor e acordo mais disposta. A atividade física me trouxe mais do que músculos tonificados — ela me deu controle emocional.

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Não é exagero dizer que comecei a tomar decisões melhores depois que me tornei ativa. Comer com mais consciência, trabalhar com mais foco, dizer mais “não” sem culpa. Parece mágica, mas é química pura: endorfina, dopamina, autoconsciência.

A maior transformação não aconteceu no meu jeans, e sim dentro da minha mente. A mulher que antes vivia exausta e sem tempo, agora se organiza para ter 40 minutos só para si. Porque o mundo pode esperar, mas meu corpo não.

Meus treinos, minhas regras

Não sigo um padrão. Um dia caminho ouvindo jazz, no outro faço pilates, e no seguinte, danço sozinha na sala. Não existe um jeito certo de se mexer. Existe o seu jeito. Descobrir o que combina comigo foi libertador. Não preciso sofrer, preciso me conectar.

Já testei musculação, yoga, spinning, jump, funcional, lutas. Algumas ficaram, outras não. E tudo bem. Meu corpo não é máquina, é fluxo. Há semanas em que estou animada para correr cinco quilômetros. Em outras, preciso de algo mais leve, como alongamento com respiração consciente. Aprendi a escutar os sinais, não os padrões da internet.

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Cada mulher tem seu ritmo. Respeitar isso é o segredo para a constância. O mais importante é não parar. Porque o corpo parado adoece, e a alma acompanha.

Movimento é poder. Literalmente.

Existe algo de revolucionário em uma mulher que se move. Que ocupa espaço com seu corpo, que sua sem pudor, que respira fundo, que sente sua força. A sociedade por muito tempo nos quis quietas, delicadas, contidas. Mas a atividade física quebra essa expectativa com um chute no ar.

Quando eu treino, me sinto mais poderosa. Não porque estou perseguindo um padrão de beleza, mas porque estou me apropriando do meu próprio corpo. Ele é meu — com suas curvas, cicatrizes, celulites e possibilidades. Não me exercito para me enquadrar. Me exercito para expandir.

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Cada flexão é uma forma de dizer: “Eu posso.” E posso mesmo. Posso levantar peso, correr atrás dos meus objetivos, pular, parar, recomeçar. E, posso me reinventar, inclusive fisicamente.

Ser mulher e se mexer é um ato de resistência

Nem sempre é fácil. Tem dias em que o cansaço grita mais alto, em que os compromissos me engolem, em que a culpa materna, profissional ou emocional quer me paralisar. E ainda assim, escolho me mover. Porque ser mulher já exige muito do nosso corpo — ele menstrua, gesta, amamenta, sofre pressões estéticas e sociais sem parar.

Por isso, quando subo numa esteira ou faço uma sequência de abdominais, não é vaidade: é sobrevivência, autocuidado sem desculpa, o meu “não” ao sedentarismo, à apatia, ao cansaço crônico que tantas de nós normalizamos.

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Treinar é meu manifesto silencioso de que mereço esse tempo. De que meu corpo importa, mesmo que a sociedade diga que só importa se estiver dentro de um manequim 36. E, acima de tudo, é minha forma de mostrar a outras mulheres que dá, sim, para fazer isso por nós. E que vale cada gota de suor.

A moda que acompanha meu ritmo

Você pode até pensar: mas o que isso tem a ver com moda feminina? Tudo. A moda não está apenas nas roupas que usamos para sair, mas também nas peças que escolhemos para nos exercitar. O activewear se tornou parte essencial do meu estilo. Leggings com cintura alta, tops de sustentação, tênis funcionais — tudo isso me faz sentir bonita até na hora do esforço.

É um ritual vestir minha roupa de treino. Ela me prepara mentalmente. Me dá postura. Me lembra da mulher que estou me tornando. E, sim, gosto de me sentir estilosa até quando estou suando. Porque feminilidade e força não se anulam. Elas andam lado a lado, em tênis e batom, em tênue equilíbrio.

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Quando comecei a valorizar essas roupas como parte da minha identidade, tudo mudou. Passei a investir em peças que me representassem e que fossem funcionais. A moda também mora nesse momento de autocuidado. E ela me veste até no esforço.

Músculos que sustentam muito mais do que o corpo

Antes de praticar atividade física regularmente, minhas costas doíam, meus joelhos reclamavam, minha energia oscilava. Hoje, meus músculos sustentam não só minha postura, mas minha disposição diária. Percebo como meu corpo aguenta melhor as demandas da vida — carregar sacolas, subir escadas, brincar com crianças, trabalhar horas em pé ou sentada. Tudo flui melhor.

A força física não é vaidade. É liberdade. E, especialmente para nós mulheres, ela é transformadora. Porque fomos ensinadas a depender, nos proteger, e nos poupar. Mas quando a gente começa a construir nossa força — física e simbólica — algo muda. O corpo se ergue, a autoestima também.

Ter força é saber que posso confiar em mim. Que dou conta. E que se eu cair, me levanto. Até de agachamento eu aprendi a gostar. https://www.youtube.com/watch?v=08kV4-ToGK0

Meu corpo é minha casa. E eu cuido dele.

Hoje, me olho no espelho com mais gentileza. Não porque me tornei um padrão fitness, mas porque compreendi que meu corpo não é inimigo. Ele é meu lar. E movimentá-lo é cuidar da sua estrutura, das suas engrenagens, da sua alma.

Não espero mais uma ocasião especial para me cuidar. Todo dia é uma chance de me conectar com essa máquina incrível que me permite viver. Me alimentar melhor, dormir bem, me exercitar — tudo isso passou a ser um pacto comigo mesma.

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Ser ativa não me fez perfeita. Me fez inteira, atenta, humana, falha, mas em constante evolução. Me fez apaixonada pela sensação de estar viva.


Se alguém me dissesse há cinco anos que eu iria me apaixonar por atividade física, eu riria. Hoje, rio porque demorei tanto a começar. Cada treino é um presente que dou ao meu corpo. E, como toda mulher que já passou por mil transformações, sei que tudo começa de dentro.

O movimento não é só físico — é emocional, espiritual, existencial. Eu me mexo para não parar de sonhar. Para não adoecer. Para me lembrar, todos os dias, que sou feita para evoluir.

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E se isso não é o mais puro estilo de vida feminino, então não sei o que é.

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