O dia em que deixei o salto e ganhei o mundo
Lembro exatamente do dia em que olhei para meus sapatos de salto alto com um misto de nostalgia e alívio. Por anos, eles foram minha armadura: nos eventos, no trabalho, nos encontros. Mas um tênis branco, de sola grossa e design limpo, mudou tudo. Desde então, não voltei mais. E não porque abandonei a elegância — mas porque descobri que ela também pode correr, pular, dançar e até trabalhar. O tênis, hoje, é meu passaporte para a versatilidade. E sim, ele cabe em todas as idades e ocasiões — com um charme que nenhum outro sapato ousa ter.
Do brunch ao black-tie: um camaleão fashion
Talvez você ainda pense que tênis é só para a academia. Mas me acompanhe por um dia: saio para um brunch com amigas usando um vestido floral e um tênis nude com textura em linho. Logo em seguida, passo no centro da cidade. E, à noite, troco o vestido por um macacão preto estruturado e o mesmo tênis (dessa vez, com cadarços de cetim). O resultado? Um look elegante, moderno e absolutamente confortável. Ele que me acompanhou o dia inteiro não perdeu o fôlego — e nem eu.
Hoje, há modelos pensados para: o casual chic, balada, casamento na praia, o ambiente corporativo e até para quem vai a um evento social, mas quer imprimir personalidade. Então, a indústria entendeu: o tênis não é só sapato, é manifesto.
Estilo que dança com o tempo
Se tem algo que eu amo no tênis é a maneira como ele ignora a barreira da idade. Já vi meninas de sete anos com tênis metalizados fazendo mais sucesso que o bolo de aniversário. Assim como, vi mulheres de 70, com cabelos brancos lindamente assumidos, desfilando pelas ruas de Paris com tênis coloridos e blazer de alfaiataria. O tênis é democrático: ele não pergunta quantos anos você tem, apenas te convida a viver mais um dia com leveza.
A verdade é que ele conversa com o estilo pessoal. Uma adolescente vai adorar um tênis com solado tratorado e neon. Uma executiva pode preferir um modelo minimalista, monocromático. Uma avó antenada pode apostar num tênis slip-on com estampa botânica. E todas estarão certas.
Quando a moda abraça o movimento
Usar tênis me fez repensar o movimento. Eu, que sempre fui metódica com o look perfeito e sapatos alinhados à paleta da semana, passei a priorizar o conforto. Mas, veja bem: conforto não é sinônimo de descuido. É autocuidado.
O tênis acompanha nosso ritmo. Ele entende que podemos ser mães, empresárias, estudantes, artistas — ou tudo isso ao mesmo tempo. E sabe que nossos pés precisam de descanso, mesmo quando nossa mente não para.
Lembro quando combinei um blazer oversized com um tênis branco e calça jeans de corte reto. Senti que estava pronta para uma reunião, para um café com uma amiga e, se surgisse, até para uma entrevista com a Vogue. O tênis me deu esse poder: o de estar pronta, sem precisar sofrer.
O tênis como peça de conversa
Não é exagero dizer que um bom tênis pode ser um excelente quebra-gelo. Já me perguntaram na fila do cinema onde comprei aquele modelo com estampa de onça e sola rosa. E, já elogiaram meu Nike retrô num casamento informal — e sim, ele foi parte do look com vestido mídi de cetim. Já participei de conversas inteiras sobre a volta dos clássicos como o Samba da Adidas ou o Reebok Club C.
Mais do que calçado, ele virou ponte. Um símbolo de quem gosta de misturar estilos, de experimentar, de provocar. Ele conta histórias, diz que você está antenada, mas fiel ao que é. Que gosta de conforto, mas não abre mão do impacto visual. Ele fala por você — e diz coisas lindas.
Um armário onde o tênis é protagonista
Confesso que hoje penso os looks a partir do tênis. Tenho pares para diferentes humores: o colorido para dias nublados, o preto com brilho para quando quero silenciar e brilhar ao mesmo tempo, o bege clássico para os compromissos mais sérios. O tênis se tornou curadoria de mim mesma.
Ele dialoga com saias, vestidos esvoaçantes, terninhos, jeans desgastado, roupas de alfaiataria e até com peças vintage garimpadas em brechó. Não há limites — e essa ausência de regras me libertou. Não preciso mais escolher entre estética e funcionalidade. Posso ter ambos, nos meus próprios termos.
Uma tendência que virou atitude
A cada nova coleção, vejo as marcas — das luxuosas às populares — apostando no tênis como elemento central. E não é à toa. Ele representa uma mudança de mentalidade. Queremos mais autenticidade, mais mobilidade, mais liberdade para sermos quem somos — e o tênis entende isso melhor do que qualquer outro item do armário. https://www.youtube.com/watch?v=w2GO83aUHf4
Não uso tênis por preguiça de me arrumar. Uso porque me arrumei com intenção. Porque entendi que moda é extensão da alma, não prisão do corpo. E meu corpo quer conforto, movimento e beleza. Tudo junto, no mesmo passo.
Para onde os tênis me levam
O tênis me levou para além das ruas, levou para dentro de mim. E, me ensinou a desacelerar sem perder o estilo. A abraçar todas as fases da vida — e todos os looks que elas pedem. Ele não me deixa parada, nem me obriga a correr. Ele apenas me acompanha, onde quer que eu vá.
Talvez o salto volte um dia. Mas hoje, quem reina no meu armário — e na minha jornada — são eles. Meus tênis: cúmplices, parceiros de estilo, de idade e de ocasião.
E quer saber? Eles combinam perfeitamente com meu eu mais atual.
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